terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Disciplinados e eliminados da igreja.


Creio estar mexendo em um enxame de abelhas ou maribondos. Sei que o assunto é bem polêmico, mas quero comentar alguns aspectos. Deixo bem claro que não sou contra a disciplina na igreja, mas acho que para chegar a tal ato é preciso que seja algo que inflame ou corra riscos para a igreja no que condiz a contrariedade do pensamento puro e da doutrina de Cristo.

Antes de tudo, qual o papel da disciplina?
Ela tem como finalidade eliminar o determinado mal (pratica do pecado) dentro da igreja. Fazer com que a pessoa que cometeu pecado tenha reflexão e faça a renúncia do pecado praticado, isso quando a pessoa ainda não se arrependeu da prática. A pessoa deve ser acompanhada pelo pastor e o mesmo deve orientar a boa conduta pela palavra de Deus e incentivar a pessoa a orar, se arrepender e voltar à comunhão com Cristo. São colocados em disciplina pessoas que estão vivendo a prática de pecados.

Tenho visto e ouvido falar sobre alguns casos de membros de igreja ser disciplinados por seus pastores. Tenho visto dois extremos a respeito da disciplina e cito abaixo.

1º Por um lado existem pessoas que ao confessarem seus pecados não mais cometidos e indo em busca de um aconselhamento e uma melhor instrução são barradas ou até expulsas da igreja por ter cometido o delito. Pessoas que já pediram perdão para Deus e que querem saber a melhor conduta pela palavra de Deus buscando aconselhamento de seu pastor são colocadas como leprosos dentro da igreja. Pessoas colocadas ao ridículo ao invés de uma instrução e uma correção da parte pastoral.
Vemos nas escrituras tanto Jesus como o apóstolo Paulo corrigindo as condutas erradas do povo usando a Palavra.
Afinal é Deus que liberta através da Palavra ou a brusca atitude de um pastor em excluir um membro?

2º Por outro lado fica a questão em que se não houver disciplina o pastor e a igreja não serão bem vistos perante a sociedade. A não disciplina não é boa devido ao praticante se sentir à vontade para cometer o pecado e ainda levar a muitos para a prática do mesmo.

Outro ponto forte é a medida da disciplina. Jesus nos trouxe a graça e a misericórdia e muitos pastores ao disciplinar julgam como se estivessem julgando algo sem valor, dando com isso marretada e chicotada na ovelha, ao invés de cuidá-las com amor e com a graça de Jesus. Muitos agem como se fossem donos da pessoa se sentindo no direito de fazerem o que querem esquecendo que vão dar conta da alma que Jesus comprou com seu precioso sangue. Sem falar de alguns membros que ao anunciar a disciplina de um membro no púlpito da igreja vibram com a atitude do pastor como se ela mesma não fosse pecadora assim como o que cometeu uma infração.

A maioria das pessoas que conheço que foram disciplinadas de forma errada, equivocada e desacompanhada, todas elas estão fora da igreja e nem querem saber do evangelho de Jesus. Afinal se era para o bem a exclusão porque essas pessoas estão fora da igreja e amarguradas pela conduta errada de alguns pastores? Paulo certa vez excluiu um determinado membro que estava causando escândalos já que o individuo pregava outra coisa a não ser Jesus Cristo, mas mesmo assim Paulo clama por sua alma para que seja salva e pede a destruição apenas de seu corpo. De muitos membros que existiam na igreja Paulo fez a exclusão em um ponto único e porque estava causando muitas dissensões na igreja.
Que falar da igreja de corinto? Que falar das atitudes de alguns membros das igrejas da Ásia em que Paulo enviava as cartas apostólicas? Eram todos santos? Contudo Paulo os corrigia com amor, graça e com a Palavra de Deus.

Quem nunca cometeu pecado?
Que pastor ou alguém tem poder de excluir alguma pessoa da igreja que Cristo Jesus é o redentor e detentor?
Que pessoa tem poder de excluir alguém do reino de Deus?
Acaso alguém é detentor dos Céus sem ser Jesus?
Quem nunca precisou de aconselhamento sobre condutas?
Condenar ou ajudar a ser um verdadeiro cristão?

Reflitamos.

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